E agora, como sair do cheque especial? Veja 8 dicas!

Uma pesquisa realizada em 2019 pelo SPC Brasil e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) indica um número alarmante: quase metade dos correntistas que têm cheque especial o utilizam todos os meses. Isso é preocupante, pois o hábito de tratar esse recurso oferecido pelos bancos como extensão da própria renda é um erro gravíssimo.

Apesar de não exigir os processos tradicionais de análise, o cheque especial é, na prática, um empréstimo. Entretanto, instituições bancárias o disponibilizam desde a abertura da conta e garantem o uso imediato, como crédito pré-aprovado. Se o correntista gasta todo o saldo à disposição, pode ‘esticar’ o montante utilizando o cheque especial.

O problema são os altos juros cobrados na sequência. A maioria das taxas do mercado figuram entre 10% e 15%, o que compromete o equilíbrio financeiro de quem solicita o recurso e causa o risco da criação de uma problemática bola de neve. A seguir, então, listamos 8 dicas de como sair do cheque especial. Tenha boa leitura.

1. Identifique a situação real da conta

Antes de mais nada, é essencial realizar um processo de avaliação geral da sua conta corrente. Em que pé ela anda? Quais foram os padrões de movimentações recentes, especialmente durante os últimos meses?

Para isso, a melhor alternativa consiste em mapear as despesas do período delimitado por você. Existem várias ferramentas, como extratos, planilhas financeiras ou aplicativos de controle. Uma vez identificada a profundidade do problema, chega a hora de desenvolver soluções.

2. Tente negociações

Instituições bancárias estão sempre interessadas em receber quitações relativas a empréstimos realizados com juros. É justamente por isso que, se o pagador apresentar dificuldades para cumprir a obrigação financeira, negociações podem minimizar a situação, desde que haja vantagens para todos os envolvidos.

A tendência é aceitar flexibilizações, o que também pode valer para outros débitos além do cheque especial. Credores querem a certeza do recebimento, ou seja, você tem chances de conseguir adiar outras quitações, aliviando a sangria momentânea e ganhando tempo para se reorganizar.

3. Converse com seu gerente

A partir do instante em que já identificou o impacto do rombo ocasionado pelo cheque especial na sua conta, é importante procurar o gerente responsável para buscar opções viáveis. Esse contato pode resultar em resultados bastante eficientes.

Na conversa com o gerente, trate de abordar possibilidades de personalizar as negociações segundo o seu caso específico. Esclareça dúvidas envolvendo prazos, taxas de juros, parcelas e montantes integrais. Se não achar interessante a proposta recebida, mantenha a calma e não feche acordos ruins.

4. Troque a dívida por outra mais barata

A princípio, essa dica pode até soar um pouco estranha. Como resolver uma dívida adquirindo outra? Pois é: o mercado apresenta uma infinidade de produtos financeiros, com diferentes taxas de juros. Elas permitem a reorganização econômica individual, o que facilita a desconstrução da bola de neve do cheque especial.

Dívidas caras, nesse tipo de cenário, dão lugar a compromissos de valor reduzido e em prazos maiores. Vale lembrar que boa parte dos bancos trabalham com taxas que, anualmente, superam os 150%. A diminuição do prejuízo, então, oferece alternativas mais rentáveis e suaves.

5. Corte gastos

Nesse tópico não há nenhum segredo. Infelizmente, se você está endividado, precisa eliminar os problemas, de preferência, pela raiz. Mesmo que você negocie a dívida, converse com o gerente e a substitua por outra de juros menores, ainda assim precisa cortar gastos significativos.

Aliás, é interessante se esforçar para mudar a mentalidade e começar a considerar esse sufoco financeiro como a oportunidade definitiva de transformar hábitos nocivos de consumo. Como sair do cheque especial? A partir da redução de despesas que já não valem tanto a pena, como as de conforto, de lazer etc.

6. Crie rendas extras

Feitos os passos anteriores, mesmo que você elimine gastos desnecessários, isso ainda pode não ser suficiente para quitar as dívidas ligadas ao cheque especial. Portanto, novas alternativas devem aparecer, e uma delas é a geração de fontes de renda extra.

Não importa exatamente o tipo da receita. Desde a venda de roupas, acessórios e eletrônicos pouco usados, até a disponibilidade de realizar novos serviços no formato freelancer, passando pelo 13º salário, por exemplo, é possível encorpar o valor recebido no mês.

Nesse sentido, alimente uma mentalidade distinta da que lhe trouxe até as dívidas. A cada quantia extra que ingressa na sua conta, adicione ao montante que futuramente será aplicado na quitação dos débitos. É preciso dar esse gás para alcançar os objetivos o quanto antes e, assim, reorganizar a vida financeira.

7. Cancele a opção do cheque especial

Sim, é isso mesmo. Se está passando por problemas causados por algo em especial, nada mais coerente do que riscar esse gatilho da sua vida. A dica, então, consiste na exclusão da alternativa do cheque especial da conta corrente, uma vez, claro, quitada a dívida.

O cheque especial passa longe de ser uma fonte de segurança ou de extensão da renda. Ao cortar o mal pela raiz, você evita qualquer hipótese de se ver tentado a ativar essa opção. Viva dentro da sua própria realidade.

8. Forme uma reserva de emergência

No aspecto financeiro, planejamento e organização são as palavras-chave para alcançar o tão sonhado equilíbrio. Essa disciplina também está ligada à formação de uma reserva de emergência, que nada mais é do que um montante destinado exclusivamente para imprevistos.

Recomenda-se que a reserva tenha cerca de meio ano do seu padrão de vida. Ou seja, caso você identifique que precisa de R$ 3.000,00 por mês para garantir tranquilidade, o ideal é juntar cerca de R$ 18.000,00 na reserva. São valores aproximados, pois o que importa de fato diz respeito à segurança dessa prática.

Agora que já sabe como sair do cheque especial com as nossas dicas, ficou clara a necessidade de desenvolver um planejamento financeiro disciplinado, certo? Taxas na casa dos 10% ao mês são comprometedoras e servem apenas para desequilibrar o seu orçamento pessoal, portanto, fuja desse problema.

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