7 itens essenciais que vão influenciar na valorização de imóveis

Talvez você nem tenha pensado sobre isso, mas a valorização de imóveis é um tópico que merece ser analisado antes de adquirir sua casa própria. Afinal, a compra desse bem é um investimento, mesmo que sua finalidade seja a moradia. É desse modo que você constrói seu patrimônio e garante um futuro mais tranquilo para toda a família.

Essa questão pode ser observada quando você compara dois apartamentos de características semelhantes e que estão no mesmo condomínio, mas com valores de venda diferentes. Ou duas casas parecidas em bairros distintos, mas uma tem um preço mais baixo que a outra.

Essa divergência pode chegar a 50% na mesma rua, segundo o coordenador do Índice FipeZap, Eduardo Zylberstajn, em entrevista ao G1. Porém, quais fatores devem ser considerados para garantir a máxima valorização? A seguir, listamos 7 itens essenciais para esse quesito.

Então, que tal otimizar a sua compra? Confira, abaixo, os fatores importantes.

1. Localização

Esse é um ponto fundamental para um imóvel, tanto para a valorização quanto para a sua escolha. Ele é responsável por aproximadamente 25% do preço, de acordo com o consultor de empresas imobiliárias Sylvio Lindenberg.

Tenha em mente que imóveis em regiões diferentes terão preços diversos, mesmo que suas características sejam similares — e a diferença de valor é bastante significativa.

É o caso de um apartamento em um bairro mais nobre, por exemplo, com 60 m² e de frente para o mar. Esse imóvel é mais procurado e tende a custar mais que uma residência de 90 m² localizada na periferia.

No entanto, lembre-se sempre que a cidade está em constante crescimento. Portanto, avaliar essa tendência é uma boa maneira de comprar um imóvel mais barato e poder vendê-lo por um preço mais alto no futuro.

Um imóvel próximo a escolas, áreas verdes, linha do metrô, pontos de ônibus, restaurantes e hospitais tende a ser mais valorizado. Apenas atente a pontos negativos, como poluição sonora e dificuldades de acesso geradas por uma casa noturna ou feira livre, por exemplo.

Da mesma forma, considerar os índices de violência na região e a ausência de serviços básicos — como energia elétrica, gás, esgoto, água e internet — é importante porque esses fatores podem causar depreciação. Outros pontos negativos são ruas sem pavimentação e locais de fácil alagamento.

2. Comércio local

Os estabelecimentos comerciais — caso de padarias, supermercados, restaurantes, shoppings e farmácias — ajudam a valorizar os imóveis. Isso acontece porque a proximidade ao comércio local facilita muito o dia a dia. Além disso, traz economia, porque é desnecessário ir de carro ou ônibus para fazer atividades essenciais.

Alguns itens nem sempre procurados, mas que podem fazer a diferença, são as universidades, academias de ginástica, praças, parques, ciclovias e bibliotecas.  

3. Acessibilidade

A facilidade de acesso é um ponto bastante positivo, especialmente em grandes cidades, nas quais o trânsito é bastante caótico. O ideal é que seja possível usar o transporte público com facilidade e/ou que existam vias rápidas perto do local. Assim, você fica menos tempo no tráfego e, consequentemente, aumenta sua qualidade de vida.

Aproveite para saber se há alguma possibilidade de investimento em transporte público e obras para a região. Esses são fatores de valorização futura e que podem trazer impactos significativos atualmente ou no futuro. 

4. Condições internas

Os imóveis novos tendem a ser mais valorizados que os antigos. Eles têm características diferentes e o acabamento é mais bem-feito, o que implica menos problemas e necessidade de reformas com o tempo. O ideal é avaliar os materiais utilizados na construção, porque eles trazem facilidade de manutenção e aumentam a durabilidade.

Por exemplo, um apartamento revestido com uma cerâmica mais cara e difícil de encontrar no mercado ou fabricada sob encomenda custa mais que aqueles que usam materiais simples.

Outro fator relevante é a incidência do sol. O melhor é que o imóvel esteja virado para o norte, porque, desse modo, todos os cômodos recebem luz e ventilação durante o dia. Esse fator é imprescindível para evitar o aparecimento de mofo. Uma boa vista também colabora para a valorização.

Nesse conceito de condições internas, vale a pena considerar possíveis personalizações. Se forem realizadas com cuidado, podem elevar o preço do imóvel. Mas extravagâncias podem causar o efeito contrário. Por isso, o melhor é ser neutro.

A mesma ideia é válida para a conservação do apartamento. Problemas elétricos — por exemplo, um quadro de energia desatualizado —, hidráulicos — como vazamentos — e estruturais — caso de rachaduras nas paredes — tendem a dificultar a compra e merecem atenção.

Por fim, avalie o tamanho, os dormitórios e a área de lazer disponível. Um imóvel com boa distribuição do espaço, estruturas e materiais de qualidade chamam mais atenção e costumam custar mais.

5. Opções de educação e lazer

A proximidade de escolas e hospitais é interessante, mas o imóvel, especialmente se for um apartamento, também deve contar com alternativas de lazer. Uma área externa faz toda a diferença. Pode ser um quintal particular, uma área privativa, uma piscina, uma quadra poliesportiva e por aí vai.

Esses recursos são ainda mais valorizados em grandes centros urbanos, cujo deslocamento é mais difícil e a violência é maior. Então, buscar um condomínio com essas opções é uma boa maneira de vender o imóvel por um valor mais alto no futuro.

6. Tecnologia

Os condomínios que adotam recursos tecnológicos são mais seguros e, por isso, são valorizados. Identifique se há interfone nas portarias, portão eletrônico na garagem e mais. 

O melhor é que o circuito interno de TV e a automação residencial já sejam elementos considerados na construção. Também é interessante contar com elevador e o máximo possível de sistemas de segurança.

7. Estrutura e documentação

Uma alternativa interessante atualmente são os imóveis novos, que costumam ter uma planta menos engessada e que possibilita realizar várias mudanças. É o caso de criar ambientes mais amplos ou uma cozinha americana, por exemplo, que proporciona uma integração maior entre os cômodos.

Os apartamentos pequenos podem estar em alta na atualidade, especialmente porque são funcionais e atendem às demandas das pessoas solteiras. No entanto, os imóveis maiores e aconchegantes são melhores e custam mais caro.

Da mesma maneira, apartamentos e casas com problemas na papelada costumam afastar compradores. Por isso, espera-se que os tributos estejam em dia e que o bem esteja fora de inventários e partilhas de herança. Também se recomenda emitir certidões negativas e matrícula atualizada do imóvel.

Atentando a esses 7 itens, fica muito mais fácil acertar na escolha e garantir a valorização do seu imóvel. Então, que tal ficar de olho nesses aspectos?

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